terça-feira, 27 de setembro de 2011

Ganesha Sharanam, Sharanam ganesha...

Minha primeira palavra dita não deve ter sido papa, nem mama, e sim um bom e direto, POR QUÊ? Seguido de eu quero.
A curiosidade sempre me acompanha. A vontade de aprender, a sensação de que posso fazer qualquer coisa que eu me disponha a aprender. Sem dúvida o conhecimento é o que me move. Isso não me fechou, porque eu não gosto de aprender trancada, só lendo. Não! Eu gosto de observar. Meus olhos não param, disparam. Quando viajo quero me sentar e olhar as pessoas passando, conversando, vivendo. Mais do que conhecer mil lugares quero saber como é ser de um lugar. Tentar ver por vários pontos de vista diferentes.
E como a cabeça não para, tinha que acabar no yoga, que é a ferramenta para o autoconhecimento. Não tive escolha, estava no meu caminho e talvez por isso a vontade de aprender tanto, ou o contrário. Também não vem ao caso.
Fato é: conheci o yoga e isso vem se tornando minha vida.
O que me pôs em contato com o yoga foi minha inquietação em relação a exercícios físicos (ah outra paixão - chocolate). Comecei cedo, aos 2 anos no balé moderno e sapateado. Até os 11 estava lá na Enid Sauer, depois tentei o clássico e fui me aventurando pela natação, capoeira, aeróbica, step, musculação, squash, ski, snow, mergulho, wake, trilhas, boxe, corrida, escalada (tenho medo de altura), e no meio disso, só para dar uma relaxada e alongar fui parar numa aula de yoga da academia mesmo. Aí começa a professora de yoga.
Muitos mais questionamentos... Já dava aulas. Tive que fugir. Parecia não estar me fazendo bem, queria saber tanta coisa. Segui na segunda faculdade e me formei em Arquitetura e Urbanismo, com especialização em paisagismo. Antes tinha deixado Direito no segundo ano e depois deixaria Moda no segundo período, só não sei por que não pensei em educação física. Mas o yoga já estava perto, no estágio de paisagismo me deparo com um yogi, que hoje também deixou o paisagismo e tem um estúdio de yoga em São Paulo.
Ah é, esqueci de me apresentar: Juliana Cerdá, carioca, que morou dez anos em São Paulo (e adora aquela cidade), mãe carioca, pai paulistano. Tenho 34 anos, 4 casamentos, uma filha de 4 anos. E depois de morar em 14 casas diferentes, hoje estou no Rio, eu e minha pequena, aprendendo a cada dia mais um pouco dessa relação. Nossa, quantos números 4.
Com um monte de histórias no meio entre 2002 e 2009, aqui estou escrevendo meu texto de apresentação para o site (blog) a professora de yoga. Ser professora é o que eu gosto, seja de qualquer tipo de aula. Já fui de natação, teatro, balé, alfabetização da babá. E já que yoga é minha escolha, então professora de yoga.
Saio de cada aula renovada; ensinar o que aprendo é o jeito de lembrar, de por em prática. Sou grata pelo meu dharma.
Nesse espaço vou escrever sobre o que eu vejo e aprendo por aí, desde textos clássicos e sagrados, até dicas de coisas legais. Tudo que ajude a ter uma vida bacana. Porque de cara eu escrevo, depois de ter me perguntado muitos por quês, a vida é para viver cada momento, cada agora. Não tem segredo nem experiência super-ultra-mágica que nos tire do dia a dia, tem sim maneiras de passar por tudo isso escolhendo não sofrer, não se perdendo. Assim como a felicidade, a dor também existe.
Tem muito papo pela frente!
Aqui vou falar de Ganesha, Shiva, Krishna, mantras, pranayamas, asanas, vedanta, bhakti. Filmes, livros, receitas, acessórios (adoro!), lugares, pessoas.
Se tiver dúvida, escreva perguntando. Sua dúvida, se eu não souber responder, passará a ser minha também, e aí é mais coisa para aprender!
Se tiver algo interessante para compartilhar escreva também.
Nesse caminho de autoconhecimento muita gente vai se reconhecendo e juntos seguimos, sangha!
Gratidão! E emprestando do Prof. Hermógenes: Entrego, Confio, Aceito e Agradeço!
Harih om!
Shantih!
Love is enough
Amor, Luz e Paz